Ep. 01 - Você é um Podcaster, Harry

Publicado Originalmente em: 01 de Outubro de 2016
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No episódio inaugural do podcast O Pasquim, Heather e Alex discutem do capítulo 1 ao 5 de Harry Potter e a Pedra Filosofal. Pensamentos sobre o colapso do Tio Válter, Hagrid, pessoas sendo más com órfãos, e a combalida economia bruxa.



Legenda: Alex Dalenberg | Heather Price-Wright | trecho da história em áudio | "simulação dos personagens" | (notas de tradução) |[notas do tradutor] | {outro sons}
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Voce é um Podcaster, Harry

Ok estaremos gravando em 5, 4- 3, 2, 1.

Olá a todos e bem vindos ao podcast O Pasquim, um clube do livro sobre Harry Potter, para adultos.

Harry, você é um bruxo. Eu sou o quê? – ofegou Harry. Um bruxo, é claro,  um bruxo de primeira, eu diria, depois que receber um pequeno treino.

Eu sou Alex Dalenberg. Eu sou Heather Price-Wright, aqui estamos, episódio "numero uno".

Então Heather, o que estamos fazendo aqui?

Imediatamente, vocês devem saber que esse podcast vai conter linguagem e tema adultos, temas como: Abuso Infantil;

Assassinato; Muito Assassinato; Muito Homicídio; Tanto Homicídio, Adultos que não estão cumprindo os requerimentos legais para com as crianças em seu cuidado; Negligência criminosa; Dragões; Dragões; Goblins;

Dragões e Goblins, e nós vamos falar muito palavrão sobre tudo isso, então crianças...

Este podcast terá linguagem explícita e temas adultos, a outra coisa que também vai ter é muito spoiler.

Sim. Então, nós estamos lidando com os livros por conjuntos de capítulos e livro a livro, mas estamos assumindo que vocês já leram tudo de Harry Potter, talvez na infância, talvez recentemente, ou que vocês pelo menos já foram expostos a história, por ela ser um gigantesco fenômeno cultural, e que  entendem um pouco dela por osmose. Sim, haverão Spoilers.

Definitivamente terá Spoiler, então se vocês não leram os livros, não assistiram aos filmes, e se importam com Spoiler, atualizem-se, basicamente, não vou dizer para não escutarem pois é loucura, vocês devem escutar.

Talvez vocês nunca lerão os livros e aqui será sua introdução a Harry Potter.

O que seria super engraçado. Seria engraçado, seria estranho.

Você teria uma ideia desarticulada do que acontece nos livros, basicamente teremos um clube do livro, vai ser demais, nós vamos do inicio ao fim dos livros, nós vamos prescrever para nós, e vocês queridos ouvintes, conjuntos de capítulos para cada episódio, provavelmente de 3 a 5 capítulos por episódio e estamos começando por Harry Potter e a Pedra Filosofal, e nesse primeiro episódio vamos do capítulo 1 ao 5, e eles são: O menino que sobreviveu; O vidro que sumiu; As cartas de ninguém; O guardião das chaves; e  o Beco Diagonal. Eu tinha me esquecido quão bons os títulos dos capítulos são!

Os títulos dos capítulos são demais. Eles são super maravilhosos!

Quando eu era criança, me deixava furioso os livros que o capítulo não tinha título, isso na verdade ainda me deixa furioso.

Sim, está é uma declaração d'O Pasquim: Todos livros deveriam ter títulos para todos os capítulos, o que você está fazendo quando são só números? "Capítulo 32".

Sim, nada dessa besteira de "1 ponto final", não façam isso.
Vamos dar uma atualizada no que está acontecendo? Oh, este seria o ponto em que se você quer ler junto pause agora e vá ler os capítulos. Sim!

Harry Potter e a Pedra Filosofal. Dos capítulos de 1 a 5, e vou tentar fazer 30 segundos.

Hmm, faça um minuto. Um minuto? Ok. Um minuto.

Em um minuto: nós conhecemos Válter Dursley, ele está bem assustado por que tem um comportamento felino estranho em seu bairro; Ele vai pro trabalho;  Vê gente estranha por aí, mas não gente estranha "comum", está todo mundo usando capas e tal; De noite Minerva McGonagall, Albus Dumbledore, na frente da casa dele.

Minerva McGonagall é o gato.

Ela é o gato, BTDubs* (Variação de BTW: By The Way "bee tee double-u", significa "A Propósito"). Falando do fim da guerra dos bruxos; Tem essa criança Harry Potter; Os pais dele foram danos colaterais, assassinados pelo Lord Voldemort, de alguma forma ele sobreviveu, eles estão o deixando com seus tios; Minerva está "Whoa, essa gente parece ser terrível"; e Dumbledore está "Aceita! Eu sei de tudo"; Avanço Rápido, onze anos; Harry Potter, sofrendo abusos terríveis; Vivendo num armário; Seu primo Duda, bem gordo e malvado; Harry consegue ir pro Zoológico por uma variedade de problemas logísticos, que impede eles [seus tios] de deixa-lo pra trás; Eles veem uma cobra; Harry consegue falar com a cobra, isso não é normal; Duda o empurra, vidro desaparece. Tô explicando isso direito?

Sim, ele atiça a cobra contra Duda-

Bem... Ele não atiça, a cobra morde de mentira. [perto do pé de Duda]

É... só por que Harry é uma pessoa de mente justa, em todo caso...

Nossa! estamos bem além de um minuto nessa recapitulação. Não tem problema. É, é bem denso.

Então continua. Harry começa a receber umas cartas... Essas cartas-

Ele nunca recebeu cartas antes- Nunca recebeu cartas antes-

Ele nem tem um cartão da biblioteca, então elas não podem ser da biblioteca, esse é um detalhe fofo. Válter está tipo "Nem fodendo!" pra essas cartas, aí está a linguagem explícita saindo. Valter está "Nem fodendo! nós temos que sair daqui, por que essas cartas não podem chegar até Harry"; e o Harry está tipo "Mas porque? De onde elas estão vindo?"; então Válter fica psicótico, eles dirigem para o meio do nada e entram com uma canoa furada num lago, e dormem num tipo de cabana em um rochedo?
 
Mano, eu nem sei! Aí o Hagrid aparece, pega o Harry. 
Ele fala "Você é um bruxo".
 
Você é um bruxo! 
Você é um bruxo!
 
Eles vão as compras; Harry então descobre que ele foi aceito na Escola de magia e bruxaria de Hogwarts; então eles vão comprar coisas de bruxos, ele compra uma varinha-

e uma coruja! Edwiges!
 
e uma coruja, Edwiges; e então ele volta para seus tios abusivos até o início do período escolar. Então, de qualquer forma, isso é- 
É tudo o que acontece.
 
Basicamente, esse cinco primeiro capítulos são incrivelmente densos, e tem uma grande quantidade de exposição- 
Mas eles não tem uma grande quantidade de exposição.
 
Não não, mas de uma maneira fascinante.

É, ela não está tipo "E então Voldemort matou...", ela usa tantos dispositivos maravilhosos para nos atualizar a respeito desse mundo. E ela começa pelo Válter.
 
Sim, é incrivelmente econômica maneira que ela- 
É mesmo incrivelmente econômica, ela te joga de para-quedas num mundo em que o que é real é- Ou o que você pensa que o único mundo que existe é normal.
 
As cenas de abertura com Válter são tão boas. Ela demonstra que o Válter é a pessoa mais "trouxa" que você poderia imaginar. 
Até mesmo essa palavra, "trouxa", é tão perfeita.
 
Mas mesmo ele, você tem uma noção imediatamente dos riscos do conflito com Lord Voldemort, porque até o Válter, que é tão desligado de qualquer coisa anormal, percebe que algo estranho está acontecendo. O que é incrível, porque esse também é o tipo de pessoa que iria se assustar com um gato estranho no seu bairro, mesmo que não fosse mágico, mas... Caramba!

Esse é o gato mais estranho! É a professora McGonagall- 
Uma bruxa de verdade, é o gato.

Um corolário dessa construção inicial de mundo, nesses capítulos, enquanto eu os relia me preparando para isso [o podcast], eu percebi que quando eu era criança e os li pela primeira vez, eu não notei o quão triste eles são, tipo, quão tristes são as circunstâncias do Harry. Como uma criança você meio que aceita, aqui está uma criança, para a qual coisas horríveis aconteceram, e ele está prestes a ir para uma aventura. Por que é um tropo* (o uso figurativo ou metafórico de uma palavra ou expressão. esse termo é relacionado a narrativas comuns em diversas histórias, ex. "a jornada do herói").
 
Coisas bem perturbadoras.

Eles são perturbadores, mas são perturbadores da mesma forma que [a história da] Matilda é perturbadora. Ou como- Eu acho que tudo de Roald Dahl* (escritor britânico) é incrivelmente perturbador.
 
Sim, cada um dos livros começa com um tipo de Dursleys versão Roald Dhal.

Este livro define os Dursleys como as lacunas derradeiras na magia, o buraco negro derradeiro de tudo que é mágico e maravilhoso. E ela define isso com tantos pequenos detalhes maravilhosos como: tudo o que a Petúnia Dursley quer fazer é fofocar sobre os vizinhos. Eles não tem imaginação, eles não tem  empática, então ela monta essa dicotomia em que o local no mundo onde existe cor, interesses, e encantamento é literalmente o mundo mágico, o que eu acho que funciona incrivelmente bem.
 
É bem "O mágico de Oz", clássico!

É mesmo o mágico de Oz, Hagrid aparece e tudo está colorido de repente. Esse é o tema sobre o qual eu penso muito nesses livros: Harry é uma pessoa jovem traumatizada, tantos adultos esperam que isso não seja nada demais, numa maneira que é meio absurda, mas numa maneira de que tem que ser dessa forma para que esses livros sejam bons. Você tem que ter muitos adultos, esperando muito de uma criança que teve uma vida terrivelmente abusiva, que perdeu as únicas pessoas que ele tem certeza que o amaram, e que passou onze anos totalmente, totalmente, totalmente mal amado.
 
Sim, essa é uma maneira incrivelmente pesada de começar esses livros-

É tão pesada, mas ela o faz com um toque tão leve. Ugh! É maravilhoso.
 
E torna a cena do Beco Diagonal tão incrível, você realmente sente alegria pelo Harry.

Tão rica! E é como se o verdadeiro Harry estivesse nascendo. Você sente, quando Harry descobre que ele é um bruxo, é o sonho, sabe? Você é uma criança com uma vida monótona, idiota, e entediante, mesmo que você tenha ótimos pais, toda criança fica "Ugh! É só isso existe?". E então Harry descobre, não apenas que não é só isso existe, mas que o que existe é literalmente magia! Você pode fazer mágica, você pode ir com um gigante comprar a porra de uma varinha!
 
E parece óbvio dizer isso, mas são essas coisas que tornam esses livros tão divertidos.

O que torna eles tão bons!
 
"Harry Potter é bom porque, tem magia nos livros" e é verdade, isso tem que ser dito.

Não é bom só por que tem magia neles, mas nesses primeiros capítulos os sonhos de todas as pessoas jovens se torna realidade, isto é: alguém vai vir e dizer que sua existência estúpida, entediante e cheia de angústia não é apenas irreal, mas também uma fachada para um mundo mágico incrível para o qual você agora tem acesso, você é diferente, você é especial, e você pode compra uma grande coruja branca e ela carrega a porra da sua correspondência.  Nós também temos pensado que nesse primeiros cinco capítulos ocorrem momentos bem clássicos de Harry Potter.
 
Sim, ela os acumula, as peças vem bem velozes e furiosas. 
Velozes e Furiosas! Bem no início.

Harry libertando a Boa Constrictor, honestamente essa é uma das minhas cenas favoritas na série inteira. 
Porque? O que a torna uma de suas cenas favoritas?

Hmm, primeiramente a "coisa" da cobra, não acho que seja realmente um Spoiler, mas se torna importante. 
Sim.

Acontece que a habilidade de Harry de falar com cobras não é apenas uma função dele ser um bruxo, é como uma coisa super especial que é abordada no próximo livro, é no livro dois. 
Sim, no Câmara Secreta.

Mas é esse momento, é como uma cena de vingança, mas de um jeito divertido. O Duda está sendo um pé-no-saco, e o Harry está tipo "Aposto que você está super confortável batendo nesse vidro enquanto você acha que essa Boa Constrictor não pode te pegar mas Olha só", é um grande momento do caráter do Harry, por que você percebe muito da sua humanidade, por que o Harry na verdade, como você disse, ele não atiça a cobra contra o Duda, ele descobre que a cobra nunca esteve no Brasil, ela nasceu em cativeiro, ela fala "Thanksss, amigo" [Obrigada, amigo], e é apenas esse momento bacana pro Harry, te dá uma noção do tipo de pessoa ele será logo de cara, alguém que é esperto e divertido, genuinamente não vingativo- Mas com um gênio forte.

Mas com gênio forte! Com um temperamento que faz coisas acontecerem quando não deviam, e ele é empático, e estranho, e ele fala com cobras, Herdeiro de Sonserina? O que? E é claro, Válter, enlouquecendo, tão bom...
 
Eu esqueço o quão crucial o Válter é para esses cinco primeiros capítulos, ainda mais que- 
Ele é tipo o personagem principal no primeiro, o que é uma merda.
 
Uma das minhas frases favoritas é de quando ele está olhando para o gato e pensa "Será que isto era um comportamento normal para um gato?", por que ele é tão desligado que ele nem tem ideia de como um gato de comporta.

Ele é tão obcecado por garantir que tudo está normal, ao invés de pensar  tipo "Caramba, eu devia descobrir o que tá rolando com aquele gato", a única motivação dele, a única obsessão dele é mover o ponteiro de volta pra normal. 
E ele também não faz ideia de como um gato realmente se comporta.

Não, e também tem aquela ótima frase que diz que "o gato estava lendo a placa", e ele tem que parar e pensar "olhando, olhando para a placa", pra fechar essa brecha em seu cérebro que permitiu que algo mágico existisse.
 
Sim, você realmente entra na mente dele, eu tinha me esquecido, e é por isso que é tão legal quando ele fica louco pra caramba em relação as cartas.

Meu Deus é hilário, ele fica completamente desequilibrado, apesar do fato que ele sabe que magia existe, o que a gente esquece. 
Ele sabe depois do episódio com a Boa, ele sabe- Ele percebe o que está acontecendo, e você sabe a irmã da Petúnia era uma bruxa, e ela até fala que ela [Lílian] voltava com os bolsos cheios de ovas de sapo, fazendo truques mágicos, então eles sabem que magia existe. Sim.

Mas de alguma forma a ideia de Válter em relação a magia não inclui- Ele apenas pensa "Se a gente jogar essa cartas fora, essas pessoas", que são literalmente mágicas, "irão embora".
 
Sim, eles vivem nesse estado estranho de aceitação e negação, no qual isso [magia] não existe, mas também deve ser espremido totalmente pra fora do Harry.

É de mau tom relacionar isso com os republicanos? Isso tem um ar Trump-iano pra mim.
 
Sim, na verdade um dos melhores tweets sobre BRExit* (saída do Reino Unido da União Européia) foi- 
Não, não foi um tweet, foi eu dizendo, que achava que os Dursleys são pró-saída.
 
Não, alguém tweetou isso, e você mandou pra mim- 
Oh, achei que eu tinha isso inventado sozinha- Não, você não inventou sozinha, desculpe. Caramba!

Era um tweet que dizia que os três Dursleys votaram a favor da saída, e se você não acredita nisso, então você não entendeu Harry Potter, basicamente.
 
A obsessão louca do tio Válter por fugir das cartas é muito engraçada, a cena em que o Harry está tentando ir pegar as cartas e o tio Válter está dormindo na frente da porta- Você pensa "Esse homen está desmoronando".

O mais hilário é que ele está fazendo coisas aventureiras que ele nunca faria normalmente.
 
Verdade! O Duda está tipo "a gente não sai de férias pai, que porra é essa? Eu tenho que assistir meus programas de TV".

Sim, e ele os leva numa canoa furada- Eu sempre quis saber, ela não deixa  claro, mas geograficamente pra onde eles vão? 
Eu não sei. A ilha de Wight* (localizada na costa sul da Inglaterra).

Sim, mas tipo- 
Eu não sei onde aquilo fica [o local na história].

Eu não acho que é desse jeito que se chega lá. Você está pensando na ilha de Wight por que a Guida está passando as férias na ilha de Wight.
 
E então, é claro, você tem, nesses primeiros cinco capítulos, você tem possivelmente o momento mais icônico de todos: "Você é um bruxo, Harry". 
Uhum.

Que honestamente me deixa arrepiada toda vez eu leio ou escuto essa frase. Por que vamos falar sobre viver o sonho, é isso: Alguém vem e diz o que você tem esperado ouvir por toda sua vida. 
Sim, é o momento "Obi Wan Kenobi". Ugh!

Hagrid, vamos falar do Hagrid.

Hagrid é um ótimo primeiro bruxo, por que fisicamente ele é bem similar ao Válter, ele é grande, imponente- 
Ele é! Ele tipo o oposto do Válter-

E tem aquela parte ótima em que ele está lendo o Profeta Diário e ele está tipo "O Ministério da Magia anda aprontando as trapalhadas de sempre"- 
Sim.

Ele ele é até pouco a favor do governo mágico, como eu imagino que o Válter- Eu imagino o Válter lendo o jornal tipo- {som rabugento}
 
É ótimo que a gente tem esse personagem fisicamente descomunal, tipo você tem essa pessoa que é literalmente enorme, e trás a enormidade do- E a escala do que o Harry está destinado a fazer e nasceu pra fazer num tipo de realce agressivo quanto ele derruba a porta, ele voou até essa ilha no meio do oceano, e então ele deixa os Dursleys loucos, ele é a personificação perfeita da grandeza que o Harry está conhecendo e a grandeza do mundo que ele pode habitar- 
E e ele trás o primeiro bolo de aniversário do Harry. Own! Esse é um "arranca-lágrimas".
 
Essa cena é tão bonita, Harry nunca teve um bolo de aniversário, e está todo amassado, ele estava sentado no bolo, mas está tudo bem, e ele faz linguiças pra ele. A outra coisa que é demais nessa cena é, aqui está alguém que está cuidando do Harry.

Sim, é um baita alívio depois- 
É mesmo um grande alívio, realmente é- O que eu quero dizer é, aquele passeio no zoológico- É sombrio. Eu estava super tenso pelo Harry.
 
Eu sei, coitado. Aí o Hagrid aparece e ele é afetuoso, e ele é divertido, e ele é imenso, e ele vai proteger o Harry, embora eu tenha que dizer que rola um conjunto hilário de trocas- 
É a queixa [quibble é uma leve critica/objeção e o nome do podcast "The Quibbler" pode ser traduzido como "O resmungão", o que se queixa/reclama, é traduzido como "O pasquim" na versão brasileira por conta da revista de mesmo nome da década de 60, famosa por seu papel de oposição a ditadura militar], essa é uma das nossas primeiras mini-queixas.
 
É, esta é um pouco mais que mini- 
Uma queixa-média?

Nós estamos chamando esse podcast de O Pasquim primeiramente por razões que muitos de vocês sabem, estou olhando pra você Luna Lovegood, mas também porque somos grandes fans de Harry Potter mas nós temos umas queixasSim, umas queixas grandes e pequenas.

Então uma delas é essa ótima cena em que o Hagrid está contando pro Harry a história dos pais dele, meio que recontando tudo que a gente descobre da Minerva e do Alvo Dumbledore no primeiro capítulo, e Válter fala- basicamente ele fala "Seus pais tiveram o que mereceram, se misturando com essa baboseira mágica, eles não eram gente de bem, eles eram lixo, e mereceram morrer", e o Hagrid está tipo "Pera lá, isso não legal falar coisas assim". 
Sim, tipo "Você está exagerando um pouco".

Você não deveria dizer pra um órfão, com um
extenso trauma- Que o mundo está melhor- Sem os pais dele- Sem os pais mortos dele- E depois, Hagrid menciona Alvo Dumbledore e o Válter o chama de maluco e o Hagrid fica puto pra caralho.

NÃO VOU PAGAR A NENHUM VELHO BIRUTA E PATETA PARA ENSINÁ-LO A FAZER MÁGICAS! – gritou tio Válter. Mas ele finalmente fora longe demais. Hagrid agarrou o guarda-chuva e girou-o por cima da cabeça. – NUNCA – trovejou – INSULTE... ALVO... DUMBLEDORE... NA... MINHA FRENTE! E girou o guarda-chuva no ar baixando-o até apontar para Duda – houve um lampejo de luz violeta, o estalo de uma bombinha, um grito agudo e, no segundo seguinte, Duda estava dançando no mesmo lugar com as mãos apertando a barriga banhuda, guinchando de dor. Quando Duda virou de costas, Harry viu um rabo de porco enroscado saindo de um buraco nas calças dele.

Eu vou me ofender levemente por você ter falado pro Harry que os pais dele mereceram morrer, mas eu vou transformar seu filho na porra de um animal se você chamar esse cara aleatório, que você não conhece, de maluco.

"Nunca fale assim do meu chefe!" [imitando Hagrid]
 
Hmm, sim, Hagrid tem- Todo mundo nesse mundo inteiro tem algo estranho com o Dumbledore, nós vamos falar muito sobre isso galera, por que as pessoas-

Nós demos pouca atenção pro Dumbledore e pra McGonagall até agora- 
A McGonagall é demais, Dumbledore é meio que uma bagunça, não sei, a gente vai chegar nisso-

Você gosta do "apagueiro"? 
Não sei, não tenho sentimentos pelo "apagueiro", é tipo- é magia.

O que eu gosto é que o Dumbledore tem todas esses adereços na primeira cena, ele tem o relógio doido com os planetas, e- 
E depois ele tem sorvetes de limão- E depois ele tem sorvete de limão, sim- A McGonagall encara ele e não tem certeza se é a hora pra doces, mas sempre é a hora pra doces porque honestamente o Alvo Dumbledore é um puta de um excêntrico.

{risada}
 
Ele é tipo- ele é uma bagunça. Mas o Hagrid é ótimo por que ele é estranhamente a figura paterna mais confiável do Harry, o Hagrid é uma fio-de-trama maravilhoso, e ele é uma ótima primeira pessoa pra se conhecer por que ele nunca é central nos grandes enredos dos livros, mas ele está sempre presente e algumas das revelações e experiências mais importantes do Harry acontecem na cabana do Hagrid, e- em todo caso, Hagrid é um ótimo personagem fico feliz que a gente o conhece- 
Vai Hagrid!
 
Vai Hagrid, seja você mesmo, talvez seja um pouco mais defensivo em relação a assassinato, e um pouco menos defensivo em relação a ofensas a seu chefe.
Vamos falar sobre o Beco Diagonal e Draco. 
Draco!
 
E aí! Eles se encontram na loja de vestes de Madame Malkin- 
Pra mim essa cena é ótima pois é o primeiro bruxo jovem que o Harry conhece, e ela mostra que Harry, apesar de ter acabado de sair de uma experiência horrível, e com todas essas novas oportunidades se desdobrando em sua frente, ele não é sedento, ele não perde o próprio senso, ele ainda é capaz de olhar pra alguém e avaliar se ele é bom ou ruim, e o Draco passa uma sensação ruim pra ele mesmo que, você sabe, a sua primeira- Eu acho que o primeiro instinto de muita gente seria se tornar amigo do primeiro bruxo jovem que eles conhecerem, sabe?
 
Sim! Ou tipo captar as boas graças de alguém como o Draco. Isto na verdade configura uma das coisas que é um tema muito importante neste e também no próximo livro, que é a Grifinoridade de Harry, a pertença dele na Grifinória, e nós estamos indo um pouco à frente de nós mesmos, ele não está na seleção ainda, mas o Harry é selecionado para a Grifinória, mas o chapéu seletor cogita coloca-lo na Sonserina, e eu acho que que neste momento que ele conhece o Draco pela primeira vez, vemos que ele é corajoso, confiante, e empático, ele não tem, eu diria uma as principais características dos Sonserinos, que é sede, por glória, e riqueza e- 
Status. Status, Sonserinos são bem sedentos e Harry, você tá certo, Harry tem esse momento que ele conhece esse garoto, esse garoto que claramente fala sobre ser de riqueza antiga dos bruxos, e é claramente um cara maneiro, é o Tom Felton nos filmes e ele é bem gatinho, e o Harry tá tipo "Quer saber, você parece ser um babaca, e eu não vou me envolver, mesmo que eu seja esse homenzinho bruxo magrelo e carente, e tudo isso é bem novo pra mim, e você claramente poderia me proteger, e claramente é um aliado bem estratégico, mas foda-se, você é bem rude". Sim.

Não, o Harry mostra muito caráter nesse encontro, e você também descobre, quero dizer, isso também estabelece um pouco de- Racismo bruxo. Sim. Eu tinha esquecido que isso é introduzido no primeiro livro.

Não, você imediatamente percebe- 
Eu acho que essa deve ser a única menção disso, de todo esse lance de Sangue-ruim- Não, Sangue-ruim não aparece até o livro dois. Não, ainda não, mas eu tinha me esquecido que isso ficava implícito.

Mas logo de cara você percebe que existem pessoas no mundo bruxo que tem preconceitos que são cruéis. Logo de cara tipo- Logo de cara você recebe essa novidade maravilhosa, e logo de cara ela complica esse mundo, logo de cara você conhece essa pessoa e descobre que nem tudo no universo bruxo é um mar de rosas, eu também acho que-
 
É apenas uma sombra de tudo isso- 
É so uma sombra. Eu também acho que é ótimo por que o Harry não fala tipo "Eu sou famoso pra caralho mano", ele não usa sua carta "Harry Potter" com o Draco, ele já está mostrando bastante controle com isso também, ele só fala "Hm, meus pais estão mortos", não tipo "Com licença [Luciana], você pode olhar minha cicatriz por cinco segundos, eu sou o bruxo mais famoso do mundo".
 
Sim, ele tem tipo a sensatez de alguém mais velho, ele é uma criança sensata.

Ele é! Ele é estratégico, ele é contido, e ele é 100% um Grifinoriano.
 
Mas the certa forma não é inacreditável, ele não é incrivelmente nobre.

Não, ele não é nobre, é só um momento que mostra o tipo de pessoa que ele será quando crescer, é encantador. 
Sim.

E também o Draco é um ótimo valentão* (uma tradução mais fiel seria: pessoa que pratica bullying), ele é perfeitamente representado nessa primeira cena, ele tem padrões de fala esquisitos, ele está conhecendo um garoto aleatório e nem se da o trabalho de olhar pra cara dele, ele só se gaba sobre seu pai, ele é o pior, e ele é o pior tão instantaneamente, se algo é inacreditável nessa parte é isso- 
A fantástica imbecilidade do Draco, sim- Ele é desprezível logo de cara.

Então, você quer falar da varinha? A varinha!

Outra cena icônica, que é ainda melhor do que eu me lembrava- 
Essa deve ser uma das melhores cenas na- Na série inteira. Olivaras é apenas um local epicamente maravilhoso, e o Sr. Olivaras, é engraçado porque você sabe que ele vai ser importante, você o encontra por um quarto de capítulo e ele não aparece de novo nesse livro na verdade, mas você sabe que a experiencia do Olivaras nessa terra vai ser importante, especialmente quando se estabelecem as bases da conexão sinistra entre Harry e Lord Voldemort que dura a série toda. Sim, e isso aparece tão cedo.

E é tão bom, a coisa da varinha, tão boa. Basicamente Harry encontra sua varia - O bruxo não escolhe a varinha, a varinha escolhe o bruxo - e o Sr. Olivaras fala - Eu me lembro da primeira vez que li isso eu fiquei tipo "Caraaaalho!" - O Sr. Olivara conta pra ele que a fênix que deu a pena pra varinha do Harry deu duas penas, e a outra pena é o cerne da varinha do Lord Voldemort. O que!? 
Aí o Olivaras fala "E isso é meio que de hora".

A varinha escolhe o bruxo, lembre-se... Acho que podemos esperar grandes feitos do senhor, Sr. Potter... Afinal, Aquele-Que-Não-Se-Deve-Nomear realizou grandes feitos, terríveis, sim, mas grandes. Harry estremeceu. Não tinha muita certeza se gostava do Sr. Olivaras.

E ele fala "Eu não concordo com o que o Lord Voldemort fez mas...É como se ele falasse "Sabe, o Hitler era muito organizado". Sim! Ou tipo, se ele falasse "Eu não curto o Terceiro Reich [pesquisar Alemanha Nazista], mas eu tenho muito interesse na estética dele", e colecionasse varias águias nazistas. Olivaras é tipo um apologista* (defensor) discreto do Lord Voldemort.
 
Ele gosta do folclore das varinhas- 
Ele gosta do folclore das varinhas, e é meio "Não estou aqui pra julgar se o que a sua varinha fez é bom ou ruim, só estou dizendo que sua varinha funcionou bem".
 
Eu não acho que ele seja a favor do Lord Voldemort. 
Não. A gente vai falar sobre isso depois, ele não é um apologista do Lord Voldemort.

Ele apenas tem essa interessante fascinação amoral na varinha que escolheu o Harry, e pra ser honesta é fascinante. Ela inicia o Harry nessa jornada pra entender quem ele é em relação a essa pessoa que deu forma a sua vida inteira. Tanta coisa se constrói nesse momento, tanta coisa se baseia no Harry e no Voldemort terem varinhas coincidentes. Ugh, eu amo tanto essa parte. E é meio arrepiante também.
 
Sim, ele até fala que não tem certeza se ele gosta do Olivaras. 
Não, ele não curte muito.
 
E também o Harry deve estar pensando "Acabei de ouvir sobre esse cara Voldemort que assassinou os meus pais"- 
E um monte de outras pessoas. "E você vai me dar"- A gêmea da varinha dele? "A gêmea da varinha dele". Tipo "Irmãos Gêmeos!!"
 
Sim, é o primeiro evento, em uma série de eventos em que adultos não tomam conta do bem estar emocional do Harry.

Você tem umas ideias em relação a Gringotes.
 
Eu tenho algumas ideias sobre Gringotes, no Beco Diagonal a gente também observa pela primeira vez a economia bruxa- 
Que é uma merda. E aparentemente Gringotes é o único banco, é certamente o único que o Hagrid conhece, ele diz que é o único banco, provavelmente existem outros bancos em outros países bruxos, mas- Você acha? Não sei mano- Eu não sei dizer- Eu acho que Londres é tradicionalmente uma capital financeira. Londres é um centro bancárioProvavelmente a cidade de Nova Iorque também tem um banco bruxo- Ugh, eu nem quero entrar nas ideias dela sobre o que acontece no mundo bruxo americano- {risada} Então vamos riscar isso por enquanto.
 
De qualquer forma, é uma economia baseada apenas em dinheiro- 
Sim, não existe crédito.
 
Todo mundo guarda todo seu ouro em cofres, não faz sentido nenhum- 
Não, não faz nenhum sentido- Mas eu fiz umas contas de guardanapo, eu tentei pensar- Por que tem um momento que o Harry indaga quantas Libras tem num Sicles, mas eu não fiz Libras eu tentei fazer Dólares, mas a gente pode ter uma ideia, por que o Hagrid faz o Harry pagar 5 Nuques pra coruja pel'O Profeta Diário. Certo.
 
Então são 29 Nuques por 1 Sicles, e 17 Sicles por 1 Galeão, eu não fiz as contas considerando a inflação mas se O Profeta Diário vale o mesmo tanto que um The New York Times* (jornal norte americano) vale hoje, que é 2,50 Dólares na banca. Então 5 Nuques pel'O Profeta Diário significa que 1 Nuque é provavelmente 25 centavos de Dólares. São 493 Nuques por 1 Galeão e o Harry paga 7 Galeões pela varinha mágica dele, o que nos dá- São mais ou menos 123 Dólares por 1 Galeão- 
Uhum.
 
Se você aceitar que 1 Nuque é 25 centavos de Dólar. Então ele paga 7 Galeões pela varinha mágica, então a varinha mágica custa em torno de 862 Dólares. 
O que isso nos diz? Essas são apenas taxas de câmbio bruxas, sei lá, só queria saber quanto custa a varinha. Bem, agora a gente tem uma taxa de câmbio bruxa. Possivelmente, sim-

Mais importante, a economia bruxa é totalmente absurda, pela maneira que os bruxos lidam com o dinheiro, não me admira que eles tenham uma sociedade horrivelmente estratificada, na qual apenas aqueles que nascem na elite conseguem gerar riqueza, porque não existe um estrutura de poupança, sua riqueza não cresce, não tem crédito- 
Sim, Arthur Weasley não pode ter uma 401(k)* (é um tipo de plano de aposentadoria patrocinado pelo empregador, adotado nos Estados Unidos e outros países)Sim.
 
São só pilhas de metal. 
Sim, é como se todo mundo fosse um goldbug* (investidor/especulador que é favorável a compra de comódites relacionados a ouro, por acreditar que ouro é a medida apropriada para riqueza) esquisito. Como se a sociedade inteira fosse de goldbugs anti reservas federais, pessoas loucas.
 
Você acha que libertários* (libertarianismo, é uma filosofia política que possui [...] uma  concepção de direitos de propriedade privada e a não intervenção do estado na economia como seu núcleo) gostam muito de Harry Potter por essa razão?

Não sei. Se você é libertário e você gosta muito do ouro como padrão monetário em Harry Potter nos avise.
 
Bem, na verdade [o padrão financeiro] é bi-metálico, porque os Nuques são de bronze-

Os Nuques são bronze, e os Sicles são prata, é tri-metálico- 
Oh, os Sicles são prata, é tri-metalismo- Ok, o que isso significa, isso existe?
 
Significa que- Teoricamente significa que deveria existir muito dinheiro na economia- 
Então, queixa: A economia bruxa não tem nenhum sentido- Esse vai ser um tema que vamos visitar várias vezes, eu imagino- Sim, por que não tem nenhuma forma de geração de riqueza.
 
A economia de Harry Potter. 
A economia de Harry Potter é um desastre, e provavelmente uma grande parte do motivo de existir essa inquietação social tão grande da qual Voldemort tira vantagem.
 
Outra coisa, se os pais do Harry tivessem investido aquele dinheiro ao invés de guardar no subsolo, onze anos, colocando numa conta de investimentos para educação, eles estão na Inglaterra então talvez seja um pouco diferente-

Também é estranho que o Harry não sabe quanto dinheiro ele tem, ele tem que adivinhar só de olhar, ele entra no cofre ele fica tipo "Parece que tem bastante ouro aqui".
 
Sim, tipo "Deve ser o suficiente para mais alguns períodos escolares".

Oh meu Deus. É por que é um livro pra crianças, a gente entende isso- 
A gente entende, mas é divertido desconstruir- É divertido pensar um pouco sobre como a economia bruxa está provavelmente na raiz de muita inquietação social dos bruxos.
 
862 Dólares por uma varinha mágica, o que acha, é um preço justo? 
Sim.
 
Acho que é uma pechincha na verdade- 
É uma pechincha, deveria custar milhares de Dólares.

É bem barato por uma coisa que você pode usar pra fazer tudo, sua vida toda.

É um iPhone- É um iPhone mas bem pior de várias formas, os Bruxos não tem internet.
 
Pra ser justo a história se passa no inicio dos anos 90- 
Mesmo assim, bruxos não tem eletricidade.
 
Eles estão perdendo o boom da internet- 
O que é bom, por que é por isso que o jornal deles se mantém num preço razoável. Em 5 Nuques por cópia d'O Profeta Diário.

Ok, ideias chave.
 
Quem é seu herói anônimo*? ("Unsung Hero" numa tradução literal seria "Herói Não Cantado", ou seja o um herói que não é mencionado nas canções/histórias).

Meu herói anônimo? Meu Deus, Duda Dursley.
 
Duda é seu herói anônimo, não tem nada heroico nele no começo.

Eu sei mas, eu apenas- 
Ele não pode ser seu herói anônimo.

Ok, fala o seu então. 
Ele é o seu- ele precisa de uma categoria diferente. Bem, vamos fazer só herói anônimo, fala o seu. O meu, seria, provavelmente Mcgonagall.

Oh, ela é o meu herói a anônimo em todos os capítulos, essa é uma outra coisa-
 
McGonagall é a única- Ela está prestando atenção- 
McGonagall está prestando atenção, é verdade. Menção de Sirus Black no primeiro capítulo- Sim.

Sirus Black e sua moto, que o Hagrid pega emprestada, isso vai voltar e vai ser importante, eu tinha me esquecido disso na verdade.
 
E como está se sentindo no geral? Os primeiros cinco capítulos-

Animada, eu adorei, tão excitada, estou super ansiosa pra chegar no Expresso de Hogwarts, que acontece na próxima vez.

Eu estou impressionado por quão épica é a história logo de cara.
 
Logo de cara. A gente conhece Quirrell- 
Você meio que esquece que o Pedra Filosofal é tão fundacional, porque você sabe os outros livros são tão grandes, todos esses acontecimentos grandiosos e épicos- A gente esquece, eles tem riscos maiores, mas esse livro funciona quase que por si só- Sim, bem ele funciona-
 
Ela começou muito forte, e eu acho que de várias formas é o [livro] que foi melhor estruturado, está entre os mais bem estruturados na série, não é o meu favorito, parcialmente por que ainda faltam vários personagens, e vai ficar cada vez melhor, mas-

Mas você percebe, lendo, que tem algo muito especial, não é algo comum-
 
Sim, você percebe por que isso se tornou um fenômeno tão grande. 
Uhum.
 
Esta série não é como as ficções de "meio do ano", está é excelente, imediatamente excelente, tenho muito orgulho da J. K. ela escreveu um ótimo livro, e eu tenho muito orgulho da gente, por que a gente realmente gravou um episódio dessa coisa.

Eu acho que somos oficialmente podcasters agora, quando isso for pro ar-

Eu também acho, acho que a a barra está extremamente baixa, mas passamos por cima dela. 
Sim.
 
Como pequenos cavalos fazendo adestramento. 
Não temos uma metáfora mais mágica pra isso? Somo como- Você já viu adestramento?

Já, eu acho que adestramento é bem mágico- 
Totalmente mágico.

Bem, é como se a gente tivesse atravessado a barreira pra plataforma nove e meia.
 
Falando nisso- 
Falando nisso, os capítulos da semana que vem serão O embarque na plataforma nove e meia e O chapéu seletor, então não tem muito pra ler, mas são bem densos.
 
Os clipes de áudio-livro que escutaram são da versão de áudio de Harry Potter e a Pedra Filosofal narrado pelo incomparável Jim Dale [prefiro Stephen Fry], e que está disponível no Audible* [aplicativo da Amazon para audio-livros] e no site Pottermore [a loja não está disponível para o Brasil], e acho que em qualquer lugar que venda áudio-livros, eles não estão nos pagando-

Eles não são patrocinadores, mas se eles quiserem ser- 
Sim, se eles quiserem nos pagar, seria ótimo. Tudo o que estamos dizendo é que os áudio-livros são ótimos e amamos o Jim Dale. Jim Dale nós te amamos.

Enquanto isso, o episódio dessa semana é trazido a você por Brocas Grunnings, brocas com preços razoáveis para pessoas razoáveis. 
Valeu galera.

 

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